terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Verdes São os Campos

Eu- Alcanena
Em patrulha
Descanso dos guerreiros

Em pose

Em convívio

Em Belver


Guiné Bissau
Quartel da Amadora

Quartel de Beja

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

De galho em galho


Esta página, de um:a forma aleatória, mostra algumas das muitas aves que foram minha companhia, enquanto pastor nos montes alentejanos. Todas elas, mais ou menos sociáveis, no seu habitat natural eram rainhas, capazes de deixar de queixo caído o mais comum dos mortais. Com elas, aprendi a gostar ainda mais da natureza, sabendo que, sem elas a vida animal  não seria vida.Por isso, há que preservar  a vida selvagem!
Eis a minha lista :


 Abelharuco

Águia

Alvéloa

Cotovia

 
 Corvo


Chapim - azul
Cartaxo

Cegonha - branca

Coruja - das - torres

Garça - boieira
Melro

Perdiz - vermelha

Poupa
Pintarrocho
Pisco

Trigueirão

Tentilhão

























                                                                                    







 

Estórias da Minha Rua

A Sociedade

OS BAILES
O edifício da Sociedade, outrora doado por um benemérito ao povo da Mina do Bugalho, serviu a comunidade durante o século passado, nomeadamente como sala de espectáculos. Ali fizeram-se bailes, peças de teatro e, mais tarde, serviu para reuniões, festas de casamento etc. Hoje está ao serviço da Junta de Freguesia, num bom estado de conservação e mantendo os seus padrões arquitectónicos.
Esse lugar de convívio deixa-me sempre alguma nostalgia no que se refere à minha mocidade, daí, cair na tentação de contar as minhas histórias de vida. Para quem não conhece o seu interior desses tempos idos, descrevo-o assim:
Era uma sala rectangular, ao fundo, lado nascente, com duas pequenas divisões onde serviam bebidas. Junto encontrava-se um pequeno palco de madeira, onde os tocadores de concertina abrilhantavam os bailes. Os homens casados e os solteiros mais tímidos refugiavam-se nesse espaço, atentos ao desenrolar dos acontecimentos da pista de dança. Do lado Sul da sala, ficavam as mulheres com as filhas, do lado Norte, os rapazes candidatos a dançar. Ao fundo, pendurado na parede, encontrava-se um enorme espelho pendurado, diga-se, cúmplice de muitos namoros, imensos passos trocados, calmeiros, cabaços e outros pormenores que não vem ao caso.  
Os rapazes esperavam, ansiosamente, pelo início musica “moda”. Os que não tinham namoro, através de linguagem não verbal, convidavam as raparigas descomprometidas para dançar, evitando a sua exposição ao famoso cabaço “nega”.Quando o seu procedimento era, convidar a rapariga verbalmente junto das demais, o cabaço, definitivamente era doloroso. Os rapazes namoradeiros seguros da sua dança, com as respectivas damas, dirigiam-se a elas com elegância e sem sofreguidão.Aqueles que ficavam com água na boca, esperavam por dias melhores.

Palacete

A Minha escola

ABC do Palacete

O meu primeiro estabelecimento de ensino, foi neste majestoso Palacete, outrora residência senhorial, aqui, foi cedida uma sala destinada às aulas da população estudantil da aldeia. Em 1958 dei os meus primeiros passos nessa escola, contudo, uma outra escola, de domínio público, se erguia e foi inaugurada no ano seguinte. Lembro que, o meu primeiro contacto com o mundo escolar, foi bem interiorizado apesar da minha timidez. O meu espaço tinha deixado de ser apenas a minha rua e, nem o facto de ter ido encontrar meninos matulões me afectou a moral.
Lembro que, a sala era ampla, com carteiras colectivas e albergava as diversas classes por horários repartidos. Era uma escola mista, onde as meninas se diferenciavam dos rapazes, sobretudo, pelo corte de cabelo e a cor das batas, os rapazes vestiam de azul e branco axadrezado e as meninas de branco a lembrar uns anjinhos “diabinhos” sem asas.
Ao meio da chapada, um eucalipto imponente teimava chegar ao céu, os pardais e outros pássaros, faziam dele o seu 7º andar onde residiam confortavelmente, o seu tronco tinha um diâmetro tal que, era preciso meia dúzia de braços para o abraçar.
Quando abria a porta da minha casa o bendito eucalipto ficava logo de frente para mim parecendo dar-me os bons dias, como eu admirava aquela árvore isolada no meio do azinhal! Certo dia mal saltei da cama e já ouvia os meus pais:
- Tal não foi o temporal esta noite, até o eucalipto cedeu ao vendaval!
Corri à porta da rua e, o que vi na minha frente, foi qualquer coisa de estranho. Ali, só permanecia o grandioso Palacete, enquanto no chão, jazia o velho gigante.
Os Pardais ficaram tristes por verem a sua casa ruir, as azinheiras sorriram por ter ido embora o alvo das atenções, o Palacete respirou de alívio por poder ver a aldeia em todas as suas frentes e o povo tratou de lhe fazer o funeral à lareira.

Flor de Buda

Lina no seu melhor